domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pensamento ARFM United...



"Não confunda derrotas com fracasso nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão, sempre haverá umas derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haverá vitórias. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias"


O futebol de mesa é cercado de muitas máximas - e de umas tantas mínimas, como diria o artesão Ivan Ribeiro, sempre com pensamentos permeados por frases "cabeças". Esses conceitos imutáveis, definitivos, indiscutíveis, são citados a torto e a direito, especialmente quando servem para dar credibilidade ao ponto que eles estejam defendendo no momento. Não poso aqui de crítico com ares de superioridade: eu mesmo já usei e abusei desses chavões ao longo da minha trajetória de quase vinte anos no mundo da taubinha. Só que a verdade é que não existem verdades absolutas na mesa. Botonista que não faz, às vezes leva, mas outras vezes acaba não levando, e até fazendo.
Os botonistas gostam dessas frases de efeito e embarcam no jogo, repercutindo os chavões, que se incorporam à cultura popular. Nos últimos tempos, um dos conceitos mais difundidos diz respeito ao tal do "time copeiro". "O Grêmio é um time copeiro e não perde a Copa do Brasil nem se roncar trovoada sete vezes". "O São Paulo é copeiro e, na Libertadores, ninguém segura os caras". "Os times argentinos são copeiros". "Os times gaúchos são copeiros". E tome chavão! Olha, copeiro, copeiro mesmo, o único que eu conheço é o Jorgito, que trabalhou na casa do grã-fino Leonardo Magnata a fim de honrar suas dívidas botonísticas... 
Antes que amigos gremistas se apressem em me apedrejar, acrescento que essa história de time copeiro, além de balela, é um baita desrespeito aos times que recebem tal alcunha. Eu explico: o Grêmio ganhou quatro Copas do Brasil não por ser um time copeiro, mas porque, nessas quatro edições, jogou muita bola. Não ganhou por sorte, mística da camisa, macumba, vodu ou pajelança. Ganhou porque jogou mais do que os adversários, por mérito.
Eu não acredito em camisa copeira. Acredito em associação organizada e bem planejada. Eu não acredito nessa coisa de ganhar só na raça, sem deixar jogar. Não acredito em time só de cavadores. E nem em apenas saber jogar pelo monótono empate que, aliás, é um dos entraves da modalidade livre. Acredito em botonistas inteligentes, eficazes, e que transformam o futmesa em uma mistura entre sinuca e xadrez. Sempre que a ARFM conquistou seus canecos, foi com méritos, embora nem sempre "alegrando" os derrotados.
Chegamos a ser comparados com o Barcelona. E, realmente, temos botonistas extraordinários: Alessandro, Alex, Duda, Silvio, Ronir, Azevedo e, sim, Michel, que já merece estar na lista, pelos belos resultados conquistados ultimamente. Um time extraordinário, no qual até os coadjuvantes - Jota Bahia que o diga - crescem e se tornam, eventualmente, extraordinários.
A ARFM tem sete Estadual Especial na sua prateleira porque jogou muito, não porque é copeira. Os nossos êxitos alcançados no RS e no Brasil a fora não podem ser justificados ao nosso "manto sagrado". 
Amigos botonistas, independentes de serem cavadores ou "onze grau", Futmesa não se ganha com aura, com fama nem com frases de efeito. Se ganha jogando muito e torcendo por quem está, na mesa ao lado, vestindo a nossa camisa tricolor. E ainda bem que é assim. Caso contrário, não teria a menor graça...

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1 abraço a todos os botonistas do Brasil, em especial aos presentes no II Open Liso organizado por Breno (Franzen), no dia de ontem, e que sagrou campeão Daniel Maciel (AFM Caxias). 

Pôr-do-sol da Ilha da Pólvora (by Guga_VW)

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