Coluna do Presidente (Edição 39)

Bem amigos da Taubinha, iniciamos a primeira semana de abril. ​Após assistir a participação do Governador Tarso Genro no programa bate-bola da TVCOM, falando sobre a Copa do Mundo em Porto Alegre, resolvi também atrevidamente a discutir este assunto neste modesto espaço, com o obscurantismo que me é particular. Em que pesem todos os argumentos – e não são poucos -, a defender a presença da Copa do Mundo na capital dos gaúchos, como bom sectário e fundamentalista que sou, não vejo isso com muito bons olhos. Sinceramente não consigo avaliar, em uma relação de custo x benefício, que proveitos adviriam de sediarem-se cinco ou seis jogos do campeonato mundial. Claro, o turismo e a exposição midiática trarão um retorno de vulto, mas me preocupa o custo que se terá de suportar. Por exemplo, após a Andrade Gutierrez ter iniciado as obras no Beira-Rio, a polêmica agora assenta-se na possibilidade de se vender bebidas alcoólicas durante os jogos da Copa. Penso que essa é uma situação bastante pontual já que, em um jogo entre Nova Zelândia e Costa Rica isso não fará a menor diferença, porém em uma oitava de final entre Argentina e Inglaterra, por exemplo, isso pode representar o risco de o centro da cidade ser ou não depredado. Essa é apenas uma questão dentre várias que pululam numa organização tão gigantesca como a de uma Copa do Mundo, ainda mais no periférico capitalismo brasileiro. Questões de mobilidade urbana e aeroporto então nem se falam, são os verdadeiros “nós górdios” da maioria das cidades, enfim, organizar um torneio destes, ou um estadual de futebol de mesa são tarefas tremendamente espinhosas que recaem nos ombros dos mesmos abnegados de sempre. Seja como for, mesmo não sendo um entusiasta deste tipo de evento por aqui (já que vai mascarar muita coisa e engordar alguns poucos bolsos), espero que ocorra tudo a contento, pois nosso time como está escalado pelo Mano, justifica ele não querer soprar o bafômetro na blitz. A coluna de hoje foi uma tentativa ridícula de ser sério, já que fiquei em casa comendo Fandangos transgênicos enquanto os pelintras se banqueteiam em nossa nova sede com costela uruguaia e fardos e mais fardos de Stella Artois e Zillertall. Como diria Hardy, a hiena: ó vida, ó azar.... I Will be back!